quarta-feira, 20 de maio de 2009

Poesias da cidade

Chega de estresse no caótico trânsito paulistano. A moda agora é ficar ‘zen’. Para isso, decidi encontrar locais que possam transmitir paz, mesmo para quem está preso nos aquários ambulantes, chamados de carros. Parque do Ibirapuera e Trianon, Museu do Ipiranga e Avenida Europa já estão ‘manjados’, o desafio é achar lugares diferentes.

O meu local preferido é a Casa das Rosas, na Avenida Paulista. Seu jardim de rosas (meio óbvio) vai até a Alameda Santos. Então, dos dois lados podem ser um ambiente de paz – se bem que a vista da Paulista é a melhor, dá para ver tudo. Esse lugar é um daqueles que reúne casais apaixonados, que caminham em lentos passos de mãos dadas, é onde o transeunte pode fazer uma parada de descanso e o cachorrinho abandonado encontra uma sombra.

Outro ponto de São Paulo interessante é a Banca Marshmallow, na Praça Irmão Leão Antonio (Vila Mariana). A banca não tem nada demais, vende revistais e jornais como outra qualquer, mas que nome é esse? Brilhante ideia. Toda vez que leio o letreiro da banca vem em mente coisas doces e uma enorme vontade de comer marshmallow com sorvete. Imperdível.

Agora, ao prêmio arte urbana. A prefeitura apagou a primeira versão, mas a segunda ficou melhor ainda: nada como admirar o grafite da dupla de artistas “osgemeos” (os irmãos Otavio e Gustavo Pandolfo) no acesso da Avenida 23 de Maio ao Elevado Costa e Silva (Minhocão). Cada dia, uma forma diferente de interpretar o detalhado painel de cores vivas. A obra ilumina o cinza da cidade.

Na mesma via de acesso, mas pela saída para a Rua da Consolação, há um dos ângulos mais bonitos da cidade. Neste caso, a categoria é fotografia. No exato ponto de saída do túnel para a via é possível observar a congruência das ruas, ornadas pelos antigos prédios do centro de São Paulo. O charme é reforçado pelos antigos postes de luz. Ao final da tarde, quando os raios do Sol batem de lado e passam entre as árvores, a cena se torna inesquecível.

2 comentários:

the guilster disse...

"O charme é reforçado pelos antigos postes de luz. Ao final da tarde, quando os raios do Sol batem de lado e passam entre as árvores, a cena se torna inesquecível. "

Demorou pra tirar uma foto e postar aqui, dona Priscila.

Henrique disse...

Dizem que a beleza das coisas está no modo como elas são vistas. Pelo jeito, seus olhos (devem ser bonitos) enxergam beleza onde geralmente não vemos. Vou começar a reparar nos detalhes de São Paulo, mas vou deixar uma dica. Os patos que nadam no Ibirapuera são mutantes, têm pés nas costas. São interessantes. O céu da cidade, nem sempre nublado, dá cores e contornos especiais, e nos remete a boas lembranças, quando a lua aparece. Depois mando mais... Até.